cálculo renal
Em agosto de 2009, eu tive uma crise séria de gastrite. Mas depois de alguns exames descobri que na verdade era cálculo na vesícula. E o motivo da crise estar tão forte é que depois de onze anos acreditando que tinha era gastrite, a vesícula já estava a ponto de estourar com tanto pedregulho que juntou ao longo dos anos. Fiz a cirurgia de emergência, retirei toda a vesícula e final feliz.
Se uma pessoa que tem todos os órgãos tem que ter uma dieta saudável, quem não tem a vesícula é que deveria evitar comer tanta carne, principalmente gordurosa e comida salgada. Mas mesmo depois de sofrer 11 anos com uma dor horrível, eu não tinha aprendido a lição, porque ontem tive uma crise muito mais forte e descobri que tenho cálculo nos rins (principalmente o direito). Faz um mês que iniciei a reeducação alimentar, cortei carne vermelha e gorduras do meu cardápio, diminui o consumo de sal e alimentos processados e passei a ingerir muita água. Mas apesar de ter melhorado a qualidade da minha dieta, ainda vou pagar o pato por todo o tempo que me alimentei muito mal.
Só que este post não é pra contar o meu drama, mas servir de exemplo e mostrar o quanto uma má alimentação pode ser prejudicial para o seu corpo, muito além da estética.
O QUE É?
O homem expele pela urina grandes quantidades de sais de cálcio, ácido úrico, fosfatos, oxalatos, cistina e, eventualmente, outras substâncias como penicilina e diuréticos. Em algumas condições a urina fica saturada desses cristais e como conseqüência formam-se cálculos.
COMO SE DESENVOLVE?
a formação de cálculos é um processo biológico complexo, ainda pouco conhecido, apesar dos consideráveis avanços já realizados. Hoje, constata-se que mudanças nos regimes alimentares, promovidas pela industrialização dos alimentos, mais ricos em proteínas, sal e hidratos de carbono, aumentaram a formação de cálculos.
As anormalidades da composição urinária têm, no volume urinário diminuído, o principal fator na formação de cálculos. Fruto de uma hidratação inadequada, esta pode ser a única alteração encontrada em alguns portadores de litíase. O volume urinário permanentemente inferior a 1 litro ocorre por maus hábitos alimentares ou por situações ambientais como clima muito seco, atividades profissionais em ambientes secos (aviões, altos fornos) que favorecem a supersaturação urinária de sais formadores de cálculos.
O QUE SE SENTE E COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO?
A litíase pode ser assintomática, reconhecida somente em exames ocasionais. Na maioria das vezes, a litíase se apresenta com manifestação de dor (cólica) e hematúria. Muitas vezes, os cálculos podem obstruir a via urinária. A cólica renal é o sintoma agudo de dor severa, que pode requerer tratamento com analgésicos potentes. Geralmente, a cólica está associada a náuseas, vômitos, agitação. A cólica inicia quase sempre na região lombar, irradiando-se para a fossa ilíaca, testículos e vagina. No sedimento urinário, pode-se observar hematúria que, com a dor em cólica, nos permite pensar na passagem de um cálculo. A investigação clínica, na fase aguda, inclui além do exame comum de urina, um RX simples de abdômen e uma ecografia abdominal.
COMO SE TRATA?
Tomar bastante líquidos é o principal item do tratamento, visando reduzir a concentração e supersaturação dos cristais urinários, e dessa forma, diminuir a formação de cálculos.
O ideal de tratamento é suprimir a recorrência e evitar que os cálculos existentes cresçam. Como os cálculos têm origem heterogênea e freqüentemente são manifestações de doenças multissistêmicas, é impossível haver um só esquema terapêutico. Por isso, o tratamento é diversificado e prolongado, requerendo o comprometimento permanente do paciente. Após seis meses de tratamento, deve-se repetir a seqüência de exames para avaliar a eficiência da ação terapêutica. A revisão é fundamental para ajustar as medidas usadas no controle da recorrência e estimular o paciente na continuidade do tratamento.
Os cálculos maiores de 0,8 cm não saem espontaneamente, por isso é necessária a intervenção do urologista para a retirada do cálculo por métodos cirúrgicos ou métodos extracorpóreos, endoscópicos ou litotripsia.
COMO SE EVITA?
- Diminuir o consumo de alimentos processados
- Diminuir o consumo de carne, principalmente as gordurosas
- Diminuir o consumo de refrigerantes
- Diminuir o consumo de sal
+ Tomar bastante líquidos
+ Consumir alimentos fonte de magnésio:
- Frutas e hortaliças: abacate, banana, folha de beterraba, beterraba, grão-de-bico, figo seco, feijão ervilha, mandioca (raiz), lentilhas, quiabo, batata com casca, fécula de batata, figo (seco), uva passa, algas marinhas, soja, espinafres, couve.
- Grãos e derivados: Cevada, granola, aveia (grãos inteiros), farelo aveia, arroz integral, farelo de milho, farelo de arroz, farinha de centeio, farelo de trigo, gérmen de trigo, farinha de trigo integral, massas preparadas com trigo integral, cereais instantâneos ricos em fibras
- Nozes e sementes: nozes e sementes secas fornecem mais Mg do que as torradas. Sementes de abóbora, girassol, gergelim. Amêndoas, castanhas, amendoim, pistáchios, soja, nozes.
Fonte: ABC da Saúde
Nossa isso dói de mais, eu quase não bebo água tenho tanto medo!
ResponderExcluirbeijos
Eu já tive uma infecção no rim que me deu um "gostinho" dessa dor... depois disso, bebo sempre 2 litros de água por dia, mais chá e outros líquidos.
ResponderExcluirSaúde! Que vc se recupere rápido!
Obrigada pela visita.
Beijos da Taís.